Portal do Governo Brasileiro

O que é o TELELAB?

O TELELAB é um programa de educação permanente, do Ministério da Saúde, que disponibiliza CURSOS GRATUITOS, cujo público alvo são os profissionais da área de Saúde.

Certificação

Nossos cursos são certificados pela Universidade Federal de Santa Catarina. Clique aqui para saber mais sobre o processo de certificação.

Área do Aluno

Domingo, 03 Abril 2016 21:00

DDAHV debate com gestores tratamento e prevenção das hepatites virais

Avalie este item
(0 votos)

Principal tema foi a análise dos primeiros impactos da nova terapia para a hepatite C

 

O diretor do Departamento e DST, Aids e Hepatites Virais, Fábio Mesquita, apresentou nesta terça-feira, 29, na abertura da Reunião de Coordenadores Estaduais e Municipais (capitais) de Hepatites Virais, em Brasília, as ações e perspectivas do Ministério da Saúde sobre tratamento e prevenção das cinco formas do agravo - vírus A, B, C, D e E.

Dentre os dados apresentados, estão os números de medicamentos distribuídos. Em 2015, receberam o novo tratamento da hepatite C 7.459 pacientes entre outubro e dezembro. Entre janeiro e março de 2016, já são mais 7.609 pacientes atendidos. “Em menos de um ano, estamos com uma média de atendimento superior à de toda a história da hepatite C”, afirmou Mesquita.

Ainda segundo o diretor, a taxa de cura, que antes era inferior a 50% nos pacientes em tratamento, agora é superior a 90%. “A expectativa é que seja cumprida a meta de 30 mil atendimentos em um ano, entre os meses de outubro de 2015 e de 2016”, disse.

O coordenador de Hepatites Virais do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Marcelo Naveira, avalia que a reunião fortalece a integralidade do SUS, em uma ação que envolve municípios, estados e o governo federal no atendimento aos pacientes. “O evento é uma oportunidade para expor soluções em conjunto, em que o exemplo de um estado ou município pode servir para outro”, explicou. “Estamos dentro do cronograma da proposta de oferecer 30 mil tratamentos em um ano e já conseguimos em seis meses, entre outubro de 2015 e março de 2016, distribuir pouco mais da metade disso (15.068 unidades)”.

Para a Coordenadora Estadual de Hepatites Virais da Secretaria Pública de Saúde do Pará, Cisalpina Cantão, o apoio do Ministério da Saúde na distribuição dos medicamentos colaborou para o trabalho desenvolvido nas 13 regionais de saúde que atendem seu estado. “A parceria permitiu diminuir as dificuldades locais no combate e tratamento às hepatites virais. O nosso planejamento, aliado à ajuda do Ministério da Saúde, permitiu que tivéssemos retorno no atendimento aos pacientes”. Antes de receber os novos medicamentos, foi realizado trabalho de monitoramento e capacitação com profissionais de saúde e com as comunidades da capital e das cidades do interior do Pará. “Muitas pessoas nem sabiam o que era hepatite ou que estavam com a doença”.

Atualmente, são 400 pacientes que realizam o tratamento com o novo medicamento em seus municípios (antes, precisavam se deslocar até a capital).

O coordenador geral de IST, Aids e Hepatites Virais do Acre, Nelson Roberto de Araújo Guedes, disse que não houve dificuldades para realizar o cadastro e atendimento aos pacientes em seu estado, uma vez que, antes do recebimento dos medicamentos, já havia um trabalho de apoio com os pacientes. “Já fazíamos o monitoramento. Assim, a partir do uso dos novos medicamentos, obtivemos êxito, pois nenhum paciente abandonou o tratamento e não houve nenhum caso de reação adversa”. No Acre, são atendidos 248 pacientes com os novos medicamentos e há uma fila de espera de outras 90 pessoas com hepatite C.

Para o diretor Fábio Mesquita, o relato dos gestores revela que as experiências apresentadas demonstram a realidade de cada região. “Assim, aperfeiçoamos o acesso do paciente, que é nosso objetivo final”, acrescentou.

OUTRAS HEPATITES - A atuação do Departamento vai muito além da hepatite C. O DDAHV prepara, com a ajuda de especialistas, um novo protocolo de tratamento da hepatite B e suas coinfecções, em especial a infecção conjunta com a hepatite Delta.

Nos últimos anos, o Brasil também investiu na ampliação das vacinações para hepatites A e B. O país investe também em estudos para o enfrentamento da hepatite D, reunindo especialistas de países vizinhos da região amazônica, na qual se concentram os casos da doença. Em Rondônia, foi iniciado um estudo sobre a hepatite E.

FONTE: http://www.aids.gov.br/noticia/2016/ddahv-debate-com-gestores-tratamento-e-prevencao-das-hepatites-virais