Com o tema “Por mais cidadania, eu voto contra LGBTfobia”, a 16ª Parada LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) no Amapá reuniu cerca de 30 mil pessoas, segundo a organização. O movimento partiu por volta das 17h deste domingo (25) do complexo do Araxá, percorreu a orla da capital e encerrou na Praça do Coco.
Além da temática política, o evento abordou a prevenção contra Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST). Na ocasião, foram distruibuídos preservativos e lubrificantes ao público.
A Parada LGBT contou com três trios elétricos, que animaram o público, performaces de gogodancers e drags queens, shows musicais e discursos de lideranças de entidades que lutam pelos direitos do movimento.
De acordo o coornador geral do evento, Ivon Cardoso, o tema chama atenção aos projetos que visam apoiar os direitos do público LGBT. Para ele, é uma forma de conscientizar a sociedade ao problema de homofobia.
“Precisamos do voto do público LGBT para projetos que defendam o direito da identidade de gênero, pela orientação sexual. É preciso acreditar nisso. Porque só assim conseguiremos construir uma sociedade mais fraterna e igualitária. Portanto é importante que estejamos votando em candidatos que defendam a bandeira LGBT, com respeito a cidadania e aos direitos humanos”, ressaltou.
O professor de inglês Diego Santos, de 26 anos, reuniu nove amigos e juntos distribuíram 5 mil preservativos e 2 mil lubrificantes, com panfletos sobre os perigos das DST. Segundo ele, esta foi a primeira ação deles. Além do grupo, a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) tamém realizou uma campanha de prevenção no evento.
“A nossa ação é preventiva. Como somos do público LGBT, decidimos começar com um evento grande como este, mas vamos dar prosseguimento ao projeto levando a conscientização para o público heterossexual também e profissionais da noite. Assim diminuir os índices de pessoas com DST no Amapá”, ressaltou o professor.
A técnica em enfermagem Silvia Rabelo e a técnica em laboratório, Josiane Moeira contam que todos os anos participam da Parada LGBT no Amapá. Para o casal, o evento representa uma luta por respeito. Elas ressaltam que não sofreram preconceito quando se assumiram, mas reconhecem que muitas pessoas são discriminadas devido a orientação sexual.
“Não sofremos preconceito no meio familiar e de amigos, mas reconhecemos que existe muito ainda. Para nós, o Parada LBT representa respeito. Ainda não temos candidatos, mas estamos estudando alguns para saber suas intenções e também que sejam homofóbicos e respeitem os direitos dos homossexuais”, destacou Josiane Moeira.
Fonte: http://agenciaaids.com.br/home/noticias/noticia_detalhe/25405