Portal do Governo Brasileiro

O que é o TELELAB?

O TELELAB é um programa de educação permanente, do Ministério da Saúde, que disponibiliza CURSOS GRATUITOS, cujo público alvo são os profissionais da área de Saúde.

Certificação

Nossos cursos são certificados pela Universidade Federal de Santa Catarina. Clique aqui para saber mais sobre o processo de certificação.

Área do Aluno

Quarta, 28 Fevereiro 2018 14:35

Artigos publicados em The Lancet HIV reiteram protagonismo da resposta brasileira ao HIV/aids

Avalie este item
(0 votos)

Textos atestam que Brasil lideraAmérica Latina rumo à plena implementação da profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP) na região

Em edição do último domingo (18/02), a revista científica britânicaThe Lancet –uma das mais antigas e respeitadas no mundo – publicou dois artigos que reiteram o protagonismo do Brasil na resposta da América Latina à epidemia de HIV/aids. Fundada em 1823,The Lanceté revisada por pares e possui sucursais em Londres, Nova York e Pequim.

“O Brasil há muito tem estado na linha de frente do tratamento e da prevenção do HIV na América Latina”, dizem os autores Jerome T. Galea (Harvard Medical School/EUA), Ricardo Baruch (Instituto Nacional de Salud Publica/México) e Brandon Brown (University of California/EUA) no artigo especial¡PrEP Ya! Latin America wants PrEP, and Brazil leads the way– acrescentando que o país deverá liderar a região em seus esforços rumo à profilaxia pré-exposição ao HIV (PrEP), que começou a ser implementada nacionalmente em dezembro de 2017. “As comunidades na América Latina e no Caribe estão clamando pela PrEP como a primeira adição substancial ao conjunto de ferramentas de prevenção ao HIV (o que inclui preservativos, lubrificantes, educação e aconselhamento, testagem para infecções sexualmente transmissíveis e outros serviços de apoio) desde o início da epidemia de HIV”, dizem os autores.

O texto – em seção chamada, na revista, decomment– acompanha, na mesma edição, a publicação do artigoRetenção, vinculação e adesão à Profilaxia Pré-Exposição em homens que fazem sexo com homens e mulheres transgênero no “PrEP Brasil”: resultados de um estudo demonstrativo de 48 semanas –no qual pesquisadores brasileiros registram o mais recente pioneirismo do país no campo do HIV/aids: a PrEP. Trata-se de um ensaio demonstrativo de PrEP entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans vulneráveis ao HIV, sob condições reais de vida, no âmbito do Sistema Unificado de Saúde (SUS).

Segundo o artigo publicado emThe Lancet, o projeto brasileiro de demonstração deverá “catalisar o restante da região a implementar a PrEP” e servir como “divisor de águas para a região”.

O “PrEP Brasil” – financiado pelo Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das Infecções Sexualmente Transmissíveis, do HIV/Aids e das Hepatites Virais (DIAHV) do Ministério da Saúde e outras instituições – avaliou a distribuição de PrEP em três centros de referência para a prevenção e assistência ao HIV no Rio de Janeiro (Fundação Oswaldo Cruz) e São Paulo (Universidade de São Paulo e Centro de Referência e Treinamento em IST e Aids). O estudo relata a retenção, a vinculação, a adesão, as tendências do comportamento sexual e a incidência de HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis em um grupo de homens que fazem sexo com homens (HSH) e mulheres trans.

Os resultados do estudo reiteram o que outras pesquisas vêm atestando: a PrEP é uma ferramenta de prevenção extremamente eficaz no mundo contemporâneo. A pesquisa comprova também que os usuários de PrEP apresentam boa adesão aos medicamentos e que a compensação de risco é incomum – isto é, a profilaxia não leva necessariamente seus usuários a práticas sexuais de risco.

ANTES – A profilaxia pré-exposição ao HIV consiste no uso de dois antirretrovirais – tenofovir + entricitabina – por indivíduos soronegativos, antes da exposição sexual ao HIV. A sua eficácia e segurança já foram demonstradas por diversos estudos clínicos randomizados, e sua efetividade evidenciada por estudos de demonstração. Até agora, não foram observados efeitos colaterais graves.

Em 2012, a Organização Mundial de Saúde (OMS) passou a recomendar a oferta de PrEP oral para casais sorodiferentes (quando uma pessoa está infectada pelo HIV e a outra, não), HSH e outras populações-chave.

No Brasil, a PrEP está em processo de implementação desde dezembro de 2017, em 36 serviços do SUS de 22 cidades brasileiras – mas não está disponível para todos, indiscriminadamente. O público prioritário da profilaxia são as populações-chave que concentram a maior prevalência de HIV no país: gays e outros HSH; pessoas trans; trabalhadores(as) do sexo; e casais sorodiferentes – mas o simples pertencimento a um desses grupos não é o suficiente para caracterizar indivíduos com exposição frequente ao HIV. Neste caso, deve-se também levar em consideração o não uso de preservativos nas relações sexuais, os episódios frequentes de infecções sexualmente transmissíveis ou o uso repetido da profilaxia pós-exposição (PEP), por exemplo.

Aqui, a PrEp integra o conjunto de alternativas oferecidas pela Prevenção Combinada, estratégia que hoje norteia a resposta brasileira à epidemia de HIV/aids.

Acesse:

¡PrEP Ya! Latin America wants PrEP, and Brazil leads the way
http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lanhiv/PIIS2352-3018(18)30011-0.pdf (link is external)

Retenção, vinculação e adesão à Profilaxia Pré-Exposição em homens que fazem sexo com homens e mulheres transgênero no “PrEP Brasil”: resultados de um estudo demonstrativo de 48 semanas
http://www.thelancet.com/pdfs/journals/lanhiv/PIIS2352-3018(18)30008-0.pdf

Fonte: http://www.aids.gov.br/pt-br/noticias/artigos-publicados-em-lancet-hiv-reiteram-protagonismo-da-resposta-brasileira-ao-hivaids